Comunicação Cerimonial

 

Venerável Mestre, Demais Dignitários, Amados e Valorosos Irmãos,

 

Reunimo-nos nesta data de profunda significação simbólica para celebrar a Ceia de Endoenças, conforme nos ensina a Tradição Adonhiramita, numa comunhão espiritual que ultrapassa o véu da matéria e nos aproxima da Luz do Grande Arquiteto do Universo.

 

Este rito solene, de raízes antigas e sagradas, evoca a última ceia do Mestre dos Mestres com seus discípulos, mas aqui, na Maçonaria Adonhiramita, assume contornos iniciáticos e universais. Não celebramos uma narrativa dogmática, mas sim o ensinamento eterno da Fraternidade, do Amor Sacrificial e da Humildade, virtudes que sustentam as Colunas do Templo interior.

 

O Mandamento da Fraternidade

 

Recordemos que, conforme a tradição simbólica, naquela noite memorável, o Mestre disse:

 

"Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei." (Evangelho segundo João, XIII:34)

 

E este preceito ressoa entre nós como um eco ritualístico, pois a Maçonaria Adonhiramita nos ensina, no Grau de Aprendiz:

 

“Nada de real se constrói sem Amor, e nenhum Templo se eleva sem Fraternidade”.

 

A Ceia como Ritual de Recolhimento

 

Durante esta Ceia simbólica, não apenas partilhamos o pão e o vinho – símbolos do corpo e do espírito – mas também partilhamos o silêncio do coração, a humildade do gesto, e o reconhecimento de que somos Irmãos em aperfeiçoamento.

 

"É preciso silenciar o mundo profano para ouvir a voz do Mestre interior." (Ritual – Instrução ao Aprendiz)

 

Este é o momento de introspecção, de arrependimento silencioso e de renovação do Compromisso com os Altos Ideais da Ordem.

 

O Rito da Humildade

 

Que cada Irmão, ao participar desta Ceia, lembre-se do gesto sublime do Mestre que, despindo-se de seu manto, lavou os pés de seus discípulos. A Maçonaria nos ensina que a verdadeira superioridade é o serviço, e que aquele que quiser ser o maior entre nós, deve tornar-se o servidor de todos.

 

O verdadeiro Mestre é aquele que vence a si mesmo e reconhece a Luz nos outros”. (Ritual do Grau de Companheiro – Adonhiramita)

 

O Renascimento Interior

 

Que esta Ceia não seja apenas um ato de rememoração, mas um rito de passagem, um momento em que deixamos para trás nossas impurezas profanas e nos preparamos para renascer como obreiros mais puros, mais dedicados, mais fraternos.

 

Que possamos, ao final desta Ceia, olhar para o Irmão ao nosso lado com mais compaixão, mais paciência e mais entendimento, certos de que o Templo não se ergue com pedras, mas com corações unidos na mesma vontade e no mesmo ideal.

 

“A Ceia é o silêncio que alimenta, a humildade que eleva e o Amor que redime”.

 

Poeta Hiran de Melo - Mestre Instalado, Cavaleiro Rosa Cruz e Noaquita - oráculo de Melquisedec, ao Vale do Mirante, aos 17 dias de abril de 2025 anos do anúncio da Luz de Jesus de Nazaré.

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