A CEIA DE ENDOENÇAS NA TRADIÇÃO MAÇÔNICA ADONHIRAMITA
Amados
e Respeitáveis Irmãos,
No
contexto da Tradição Maçônica Adonhiramita, a Ceia de Endoenças é uma cerimônia
profundamente simbólica que ocorre durante a Semana Santa, normalmente na
Quinta-feira, evocando o espírito de introspecção, fraternidade e renovação que
marca esse período.
O
termo "Endoenças" deriva do latim mandatum, referindo-se ao
"Mandamento Novo" dado por Jesus Cristo durante a Última Ceia: "Que vos ameis uns aos outros, como
eu vos amei". Na liturgia cristã, esse momento simboliza o amor
fraterno, o serviço desinteressado e o sacrifício pelo bem maior — valores que
encontram eco direto nos princípios da Maçonaria Adonhiramita.
1. Significado Simbólico
A
Ceia de Endoenças, na visão Adonhiramita, não é apenas uma representação
histórica, mas uma vivência ritualística que convida o Maçom à reflexão sobre
sua conduta moral, seu compromisso com a Luz e sua entrega à Obra do Grande
Arquiteto do Universo.
Ela
marca o momento de recolhimento espiritual antes da transformação que se
aproxima com a Páscoa. É uma pausa ritual, onde se compartilham o pão e o
vinho, elementos que simbolizam o corpo e o espírito do iniciado, e que também
remetem à união dos Irmãos em torno da Verdade, da Justiça e da Fraternidade.
2. Rito e Tradição
Na
Adonhiramita, a Ceia é conduzida com sobriedade e profundo respeito. O ambiente
é despojado de ornamentos, as luzes são suavizadas, e o clima é de silêncio e
introspecção. Durante a cerimônia, os Irmãos renovam seus votos de fidelidade
aos princípios da Ordem e ao trabalho da Loja.
Costuma-se
fazer leituras simbólicas ou reflexões que tratam do sacrifício, do
renascimento interior e da fraternidade. É um momento de "purificação da alma",
onde o Maçom é chamado a olhar para dentro de si, buscando corrigir seus
desvios e reafirmar seu propósito.
3. Aplicação Maçônica
Na
Ceia de Endoenças, os Irmãos recordam que a Maçonaria não é apenas uma
construção externa, mas uma edificação interior. Assim como o Cristo lavou os
pés de seus discípulos, o Maçom é chamado a servir, a ser humilde, e a
reconhecer o valor do outro.
Esse
rito nos lembra que não há verdadeira Iniciação sem entrega, que não há
progresso sem renúncia ao ego, e que o verdadeiro Mestre é aquele que aprende a
amar, a perdoar e a servir.
Por fim
Que cada Irmão, ao participar ou refletir sobre a Ceia de Endoenças, renove seu compromisso com os princípios da Arte Real. Que este momento sirva de preparação simbólica para o renascimento espiritual que a Páscoa representa. E que, como verdadeiros filhos da Luz, possamos seguir edificando o Templo da Virtude em nossos corações.
Amado Irmão, desejo que o nosso contentamento seja contribuir para vosso
desenvolvimento espiritual, em particular, e a expansão da Maçonaria, em geral.
Poeta
Hiran de Melo - Mestre Instalado, Cavaleiro Rosa Cruz e Noaquita - oráculo
de Melquisedec, ao Vale do Mirante, aos 17 dias de abril de 2025 anos do
anúncio da Luz de Jesus de Nazaré.
Que sejamos grato ao nosso Senhor Jesus Cristo, por tão grande sacrifício por nós.
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